sexta-feira, 26 de junho de 2009

Religiosos acertam o passo para Conferência


Reunião de Terreiros

As atividades da manhã do dia 26 não haviam começada e os religiosos de matriz africana já estavam reunidos à título de organização para a votação do Regimento Interno (R I) da Conferência. Aos poucos, a reunião foi tomando corpo e a discussão ampliou para a intervenção do povo de terreiro nas ações do Planapir.
Quanto ao Regimento Interno, os participantes da reunião pediram atenção à presença e pontualidade de todos durante as votações. Foi sugerido também que todos “empregassem o bom senso” durante as votações, evitando o excesso de destaques e as discussões que não forem de interesse da grande plenária. Outros encaminhamentos ficaram em torno do empenho para a construção do Fórum Nacional de Religiosidade de Matriz Africana.
Retornando ao Plenário, a abertura cultural ficou por conta do Tambor de Criola do Mestre Teodoro, com o canto e dança difundido no Maranhão que evoca a raiz do nosso samba. Feita a apresentação, foi dado início ao processo de votação do R I que transcorreu com poucos destaques e dentro do tempo previsto.
Ao final, os religiosos entraram novamente em cena, mas desta vez tirando as rezas e cantos de cada uma das nações presentes para homenagear Mãe Beata de Yemanjá do Rio de Janeiro, que completa na data, 78 anos.
Na foto: Mãe Beta de Yemanjá - Flickr

Para começo de conversa

Diário da II Conapir 2009

Depois de um acirrado debate de idéias entre a sociedade civil e o governo do estado do Rio Grande dos Sul sobre a condução da Pré Conferência Regional, tem inicio a II Conferência Nacional da Igualdade Racial.
Na abertura, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, as filas já eram grandes, mas a dinâmica da estrutura disponibilizada pela Secretaria Especial da promoção da igualdade racial e do conselho nacional da promoção da igualdade racial (SEPPIR/PR) - organizadores do evento - facilitou o acesso para o credenciamento dos 1300 delegados inscritos. Além destes,300 convidados especiais, entre eles, participantes de outros países, são esperados para os trabalhos que serão desenvolvidos durante estes quatro dias.
A tarde, por volta das 16 hs, o ministro Edson Santos concedeu uma entrevista coletiva onde discorreu sobre as motivação da conferencia, especialmente sobre o Decreto 6.872/09 que dispõe sobre o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Social. Segundo o ministro, o Planapir, tem como metas cinco ministérios ou ações específicas, que são a saúde, educação, trabalho, acesso à terra e segurança, além de dialogar com o Ministério da Justiça.
Já à noite, a cerimônia de abertura, foi coberta pelo Axé dos religiosos de Matriz Africana que encabeçados pelos gaúchos, seguiram em um cortejo ocupando os corredores do Plenário Lélia Gonzales com cantigos sagrados seguidos pela Filarmônica Afro Brasileira – Filafro. Kika de Bessen, integrante da Coordenação Nacional de Entidades Negras e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), produziu um discurso exaltado sobre o significado da SEPPIR na longa e contínua luta dos movimentos sociais contra o racismo, seguida pelo discurso do ministro Édson Santos. No encerramento do ato, a manifestação cultural indígena, cigana, palestina e afro baiana roubou a cena das autoridades presentes colocando uma multidão, prá lá de animada, para dançar.